Sintomas como coceira, queimação e dor ao urinar são bastante comuns em casos de candidíase vaginal. A doença consiste em uma infecção ginecológica provocada, em sua grande parte, pelo fungo Candida albicans. Esse é um quadro muito frequente: para se ter uma ideia, cerca de três em cada quatro mulheres poderão enfrentar essa condição pelo menos uma vez ao longo da vida. A candidíase na gravidez também é um acontecimento comum, por causa das alterações hormonais, que são usuais nesse período.
Neste blog, o Dr. Marcus Vinícius Barbosa de Paula, ginecologista e obstetra da Maternidade Brasília, explica o que é, quais são os fatores de risco para a doença e como é feito o tratamento. Saiba mais.
O que é candidíase?
A candidíase vaginal é uma infecção causada, sobretudo, por um fungo chamado Candida albicans. Trata-se de um fungo que já faz parte do organismo da mulher em poucas quantidades e vive em equilíbrio na flora vaginal. No entanto, quando há uma queda de imunidade, com o desequilíbrio da flora vaginal normal, há uma proliferação desse fungo e, consequentemente, surge a candidíase.
Os principais motivos que levam à queda da imunidade são:
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gravidez;
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uso de medicamentos;
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HPV;
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alergias;
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diabetes.
Por que os riscos aumentam durante a gravidez?
A candidíase na gravidez é um acontecimento muito comum. Isso acontece porque, nesse período, os níveis de estrogênio aumentam, o que favorece o crescimento de fungos, entre eles, o Candida albicans.
Quais são os sintomas de candidíase na gravidez?
Normalmente, a candidíase na gravidez não apresenta sintomas, mas quando surgem sinais, eles podem ser:
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coceira vaginal;
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corrimento branco;
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queimação ou dor ao urinar;
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dor durante as relações sexuais;
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região íntima avermelhada ou inchada.
Ter candidíase na gravidez é perigoso?
Embora a candidíase não seja transmitida para o bebê na gestação, ela precisa ser tratada. Isso porque a infecção pode aumentar o risco de a placenta romper precocemente, o que aumenta as chances de parto prematuro.
Conforme explica o Dr. Marcus Vinícius Barbosa de Paula, “o bebê também pode apresentar a chamada candidíase oral, também conhecida como monilíase, e normalmente não há nenhuma relação com a infecção materna. Nesse caso, é possível ter candidíase oral, com placas esbranquiçadas na boca, o que pode, inclusive, durante a amamentação, gerar candidíase mamária".
Como evitar a candidíase na gravidez?
A maior parte dos casos de candidíase na gravidez acontece por causa da alteração hormonal. Mesmo não sendo possível controlar essa mudança natural do organismo, alguns cuidados podem proteger a mulher e diminuir os riscos. Saiba quais, a seguir:
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secar bastante a região íntima após o banho;
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usar calcinha de algodão;
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evitar o uso de produtos na região íntima;
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dormir sem calcinha;
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evitar duchas na região íntima;
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ter uma alimentação balanceada.
Qual é o tratamento?
O diagnóstico de candidíase é feito por meio de exame clínico ginecológico. O tratamento será direcionado pelo médico, de acordo com cada caso. Por isso é fundamental buscar orientação médica quando surgirem sintomas. A candidíase na gravidez é tratada com a indicação médica de pomadas antifúngicas e cremes vaginais. Mesmo quando não há sintomas, a candidíase precisa ser tratada.
Maternidade Brasília
A Maternidade Brasília conta com o atendimento ambulatorial do Hospital Brasília, que dispõe de assistência em ginecologia. Por meio do acompanhamento especializado e da realização de exames de rotina, é possível cuidar da saúde da mulher para identificar e tratar doenças precocemente.